quarta-feira, 27 de junho de 2012

MISTERIOSAS LIGAÇÕES ENTRE SOCIALISMO, SIONISMO, SATANISMO

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André F. Falleiro Garcia
Marx & Satan - Richard Wurmbrand
Laços incômodos e comprometedores para as esquerdas modernas ligam Karl Marx — filósofo e economista alemão, de origem judaica, fundador do chamado "socialismo científico" ou comunismo — com o satanismo. Como não interessa à esquerda a publicidade sobre essa ligação, ela minimiza este aspecto considerando-o como mera manifestação de linguagem literária de um período em que Marx ainda não tinha atingido seu píncaro intelectual. Não obstante, esta conexão existiu e marcou toda a sua vida. Nunca se retratou do pacto com o diabo. Construiu a mais perversa ideologia da História, responsável por mais de cem milhões de mortos até agora.
As revelações de um pastor romeno, Richard Wurmbrand, foram divulgadas depois de cuidadosa pesquisa no livro que publicou em 1986, Marx and Satan. Muito antes destas revelações, o Papa Pio XII havia declarado que Marx era um "dedicado e consagrado satanista". Wurmbrand, nascido numa família judaica, primeiro tornou-se pastor anglicano, depois luterano. Não chegou a uma conclusão sobre se Marx desejava mesmo a implantação da sociedade socialista igualitária, ou se a usava como pretexto para o seu objetivo maior: uma sociedade da qual Deus estaria expulso. Em outras palavras: teria sido Marx animado pela mística da construção ou da destruição?
Parece-me que Marx desejava de fato a construção de uma sociedade sem classes profundamente igualitária. O culto ao valor metafísico da igualdade levou-o aos arroubos satânicos: "Sou grande como Deus", afirmou. Essa postura igualitária em relação a Deus repetia de algum modo a revolta satânica de Lúcifer contra a autoridade divina. Em Marx a mística da construção da sociedade igualitária provinha de uma revolta interior muita profunda contra toda autoridade e toda superioridade.
Para Marx chegar a "exterminar a religião e a política medieval", e desse modo realizar a destruição da Igreja e da civilização cristã, conforme a intenção declarada por seu guru Moses Hess, seria preciso apagar todos os traços de semelhanças divinas existentes na sociedade humana, em suas instituições e costumes. A dessacralização da sociedade impunha-se como exigência das comunidades socialistas igualitárias que não toleram a infinita superioridade divina nem as desigualdades harmônicas e proporcionadas que se estabelecem nas sociedades sacrais.
O objetivo maior de Marx, a meu ver, era duplo:
— a destruição da sociedade hierárquica, desigual e sacral;
— a construção da sociedade igualitária e dessacralizada, na qual todos os vestígios ou semelhanças divinas seriam banidos sob o pretexto de constituir o "ópio do povo".
Bakunin, companheiro socialista tão satanista quanto Marx, priorizava a destruição do Estado e a anarquia: "Nossa missão é destruir, não edificar. A paixão da destruição é uma paixão criativa". Desse diabólico ânimo destrutivo também Marx deu mostras: em março de 1850 redigiu, junto com Engels, um documento intitulado "Plano de ação contra a democracia", no qual esboçou um programa revolucionário de terrorismo, incitou ao assassinato dos reis, à destruição dos monumentos públicos, e propôs uma aliança entre o proletariado e a pequena burguesia (que desejava ver depois eliminada pelo proletariado).
Não causa surpresa que seu amigo Friedrich Engels tenha elogiado sua sanha destruidora no discurso fúnebre: "Marx era, antes de tudo, um revolucionário. Sua verdadeira missão na vida era contribuir, de um modo ou de outro, para a derrubada da sociedade capitalista e das instituições estatais por esta suscitadas, contribuir para a libertação do proletariado moderno, que ele foi o primeiro a tornar consciente de sua posição e de suas necessidades, consciente das condições de sua emancipação. A luta era seu elemento. E ele lutou com uma tenacidade e um sucesso com quem poucos puderam rivalizar."[1]
Moses Hess - Pai do Sionismo Socialista
Moses Hess
Ligação misteriosa foi a que se estabeleceu entre Marx e seu mestre, o escritor judeu Moses Hess, considerado Pai do Sionismo Socialista. Na cosmovisão e na mentalidade de Moses Hess há uma curiosa superposição e permeação de camadas ideológicas — a tríade socialismo, sionismo, satanismo. Ao mesmo tempo, Moses foi um dos fundadores do socialismo e mentor de Marx e Engels; arvorou o ideal do sionismo sendo o seu precursor, antes mesmo de Theodor Herzl; ademais, iniciou no satanismo os seus dois discípulos. Moses publicou em 1862 o livro Roma e Jerusalém (Rome and Jerusalem. The Last National Question). Nele Moses Hess preconizou a criação e estabelecimento da nação judaica na Palestina, onde os judeus teriam um estilo de vida agrário socialista e passariam por um processo de "redenção pela terra".
Hess morreu em Paris em 1875, seu corpo foi trasladado para o cemitério judaico de Colônia, e em 1961 transferido para o cemitério do kibbutz de Kinneret em Israel. A ala esquerda da ideologia sionista [2] quis que Moses Hess repousasse nas comunidades agrárias socialistas por ele sonhadas. Todavia, o mistério subsiste: como explicar que o fundador do sionismo socialista tenha sido satanista? Como se harmonizaram em sua mente o sionismo socialista com o satanismo? Não pode ter sido o auxílio do Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó que ele invocou para a consecução de seu sonho.
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[2] O historiador americano de origem judaica Norman Finkelstein no livro Imagem e Realidade no Conflito Israel-Palestina dividiu o sionismo em três vertentes: sionismo socialista ou trabalhista, sionismo político, e sionismo cultural. Sem embargo, duas outras categorias, pombos e falcões, podem ser sobrepostas às de Finkelstein, como claves de interpretação da crise árabe-israelense, conforme artigo publicado neste site: Oriente Médio: falcões e pombos em perspectiva.

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